Yara
Aquino
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Formar agricultores em universidades e em cursos técnicos para que
apliquem os conhecimentos adquiridos em ações para aumentar a produtividade nas
pequenas propriedades e garantir a distribuição de renda é o objetivo do
Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo). O programa foi lançado hoje
(20) pela presidenta Dilma Rousseff, em cerimônia no Palácio do Planalto.
“Estamos apostado que esta geração e, sobretudo, que uma outra geração vai se
beneficiar com tudo isto, mudando a feição do campo brasileiro, garantindo que
ele será um local digno de se morar”, disse a presidenta.
Dilma destacou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), segundo os quais uma parte significativa das pessoas extremamente pobres
que vivem país estão em áreas quilombolas e assentamentos de reforma agrária, e
disse que é preciso usar a educação para mudar essa realidade.
“Dentro da nossa estratégia de combate à miséria no país, este programa é um
dos eixos estratégicos, porque aposta não só em retirar as pessoas da condição
de miséria, mas em garantir que as gerações futuras tenham um outro tipo de
horizonte, de oportunidades pela frente.”
Uma das ações do Pronacampo é a adoção de disciplinas e material escolar
específicos para as escolas das zonas rurais. Segundo a presidenta, ao articular
uma formação diferenciada, o país reconhece sua realidade, que é rica e
multidiversa e precisa ser incentivada. "E isso não se faz sozinho, mas em
parceria com governadores, com entidades representativas do campo”, disse Dilma,
enfatizando a importância dessa adaptação e da qualificação dos professores que
ensinam no meio rural.
O Pronacampo vai oferecer apoio técnico e financeiro aos estados, ao Distrito
Federal e aos municípios para implementação de políticas de ensino voltadas para
escolas rurais e de áreas onde vivem quilombolas. O programa está dividido em
quatro eixos: gestão e práticas pedagógicas; formação de professores; educação
de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica; e infraestrutura
física e tecnológica. As metas estão previstas para o período 2012-2014.
Segundo dados do Ministério da Educação, 23,18% dos que vivem no campo e têm
mais de 15 anos são analfabetos e 50,95% não concluiram o ensino fundamental.
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